Quem foi: Quisling Vidkun

Quem foi: Quisling Vidkun

Quisling Vidkun foi um político norueguês que se tornou uma figura controversa durante a Segunda Guerra Mundial. Nascido em 18 de julho de 1887, em Fyresdal, na Noruega, Quisling era um militar e político que se destacou por suas ideias nacionalistas e sua colaboração com a Alemanha nazista. Ele é frequentemente lembrado como um traidor, especialmente por ter liderado um governo fantoche na Noruega durante a ocupação alemã.

O início da carreira política de Quisling

Antes de se tornar uma figura proeminente na política norueguesa, Quisling teve uma carreira militar e diplomática. Ele estudou na Academia Militar Norueguesa e, posteriormente, trabalhou como adido militar na Rússia. Sua experiência na Rússia, especialmente durante a Revolução de Outubro, moldou suas visões políticas e seu interesse pelo fascismo, que mais tarde influenciariam suas ações durante a guerra.

A fundação do Partido Nacional Socialista da Noruega

Em 1933, Quisling fundou o Partido Nacional Socialista da Noruega, inspirado pelo Partido Nazista da Alemanha. O partido, que defendia ideais fascistas e nacionalistas, nunca conseguiu ganhar apoio significativo entre a população norueguesa. No entanto, Quisling continuou a promover suas ideias, buscando uma aliança com a Alemanha, que ele acreditava ser a chave para a prosperidade da Noruega.

A ocupação alemã e a ascensão ao poder

Com a invasão da Noruega pela Alemanha em abril de 1940, Quisling viu uma oportunidade de colocar suas ideias em prática. Em 9 de abril de 1940, ele anunciou um golpe de estado e declarou-se primeiro-ministro, embora sua autoridade fosse amplamente contestada. A ocupação alemã estabeleceu um governo colaboracionista, e Quisling tornou-se o rosto desse regime, que era amplamente desprezado pela população norueguesa.

As políticas de Quisling durante a ocupação

Durante seu governo, Quisling implementou várias políticas que refletiam a ideologia nazista, incluindo a perseguição de judeus e opositores políticos. Ele buscou alinhar a Noruega ainda mais com os interesses da Alemanha, promovendo a germanização e a colaboração em várias áreas, como a economia e a segurança. Essas ações o tornaram um alvo de ódio e resistência entre os noruegueses.

A resistência norueguesa e a queda de Quisling

A resistência norueguesa contra o regime de Quisling cresceu ao longo da ocupação. Grupos de resistência, como o Milorg, realizaram diversas ações para sabotar o governo colaboracionista e apoiar os aliados. Com a derrota da Alemanha em 1945, Quisling foi deposto e preso, enfrentando um tribunal que o julgou por traição e crimes de guerra.

O julgamento e a execução de Quisling

O julgamento de Quisling começou em 1945 e atraiu a atenção internacional. Ele foi acusado de traição, colaboração com o inimigo e crimes contra a humanidade. Em 10 de outubro de 1945, Quisling foi condenado à morte e executado por fuzilamento. Sua execução simbolizou o fim de um período sombrio na história da Noruega e a rejeição do colaboracionismo.

Legado e a palavra “quisling”

O nome Quisling se tornou sinônimo de traição e colaboração em muitos países, especialmente na Noruega. O termo “quisling” é utilizado para descrever alguém que trai seu país em favor de uma potência estrangeira. O legado de Quisling é um lembrete sombrio dos perigos do extremismo político e da colaboração com regimes totalitários.

A influência de Quisling na política contemporânea

Embora Quisling tenha sido executado há décadas, seu impacto na política norueguesa e europeia ainda é discutido. O estudo de sua vida e ações serve como um alerta sobre os riscos do nacionalismo extremo e da traição. A história de Quisling continua a ser uma referência em debates sobre ética política e responsabilidade cívica.